terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Shimmies e o Quadril...

Dos movimentos da Dança Oriental, os Shimmies chamam a atenção por sua beleza...

Dança do ventre e saúde: a cura do templo feminino
SOBRE NOSSA ESTRUTURA POSTURAL E ANATÔMICA

Quadril
Cintura Pélvica, ou pelve, é uma outra estrutura importante para a Dança do Ventre. A pelve oferece proteção às vísceras, estabiliza o tronco, com os membros inferiores (pernas) ajuda no mecanismo da marcha, e, com o tronco, mantém o centro de gravidade (centro de equilíbrio do corpo).
Pelve
Trata-se de uma articulação estável e funcional para sustentação do peso corporal: possui capacidade de movimento muito ampla.
Cada metade da pelve é formada por três outros ossos que se fundem, conhecidos como íleo, ísqueo e púbis.
Hiperlordose-da-gravida
No início da vida, eles estão separados, mas no adulto estão unidos formando a sólida estrutura do osso do quadril. Por isso é muito importante conhecer a Anatomia, pois o que se ensina para uma criança em uma aula de dança do ventre, não deve ser ensinado como se fosse para uma mulher adulta. Na mulher adulta, a bacia pélvica está fechada posteriormente pelo osso sacro, que se articula entre os dois quadris, e, é importante saber, que a articulação formada pelos ossos sacro e o íleo, é cartilaginosa, e que, a possibilidade de movimentos da mesma é muito reduzida, assim como as articulações do sacro com os dois ossos do quadril. Estas são tão imóveis que, na prática, toda estrutura da cintura pélvica, pode ser considerada como um só osso.

Na mulher, a morfologia da cintura pélvica está ligada à função de gestação e parto.

Exemplo de Flexão
Exemplo de Flexão e Extensão
Esta articulação possui movimentos de flexão (quando se aproxima as faces anteriores, da coxa e do tronco, ou seja, coxa e abdome), cuja amplitude é maior, quanto mais fletido estiver o joelho, e menor, quanto mais estendido estiver o joelho, em função da tensão dos músculos isquio-tibiais (ligados ao ísquio e tíbia). 
Exemplo de Extensão e Flexão
Exemplo de Extensão e Flexão
Possui também movimentos de extensão (quando se aproxima as faces posteriores, da coxa e do tronco), que são muito limitados, em geral, confundidos e, ou, aumentados por uma lordose lombar. Mas sua amplitude é maior, quanto mais estendido estiver o joelho, e menor, quanto mais fletido estiver o joelho. Por causa da tensão do músculo reto-femoral.

Temos nestes dois contextos, os movimentos dos “arabesques”, efetuados nos deslocamentos da dança, quando durante o deslocamento, escolhe-se uma perna para ser o pivô enquanto a outra, se estende suspensa no ar, tanto à frente, como ao lado ou atrás.

Conjunto de movimentos
Conjunto de movimentos
 
O quadril ainda realiza movimentos de adução, quando a coxa se desloca em direção à parte média (meio, centro) do corpo, e abdução, o contrário; e rotação, movimentação executada em relação ao eixo longitudinal (o eixo do corpo no plano vertical), muito bem ilustrada pelo movimento “redondo equilibrista” na Dança do Ventre.

E quando o fêmur é o ponto fixo e o ilíaco se desloca sobre ele (shimmy), podendo-se descrever os movimentos do ilíaco, em deslocamentos ântero-superiores:
  • temos a anteroversão, num movimento de “desencaixe”, para frente, prolongando-se na coluna lombar por uma tendência à lordose;
  • e retroversão, num movimento de “encaixe”, para trás, prolongando-se na região lombar por uma tendência ao “endireitamento” da lordose;
  • para fora, inclinação lateral externa;
  • e para dentro, medialmente, inclinação lateral interna.
Estes movimentos de inclinação pélvica são observados no plano frontal, e resulta em movimentos opostos em cada articulação do quadril. Um lado se eleva (elevação pélvica), provocando a adução; e o outro lado se abaixa (depressão pélvica) provocando a abdução. Isto provoca uma flexão lateral da coluna lombar, e é visivelmente observado no Shimmy Soheir Zaki, que é um shimmy de “batida vertical”, também conhecido como “soldadinho”.

Os movimentos descritos acima podem ser observados durante as manifestações shímmicas do quadril na Dança do Ventre, com uma amplitude e intensidade maiores ou menores dependendo do caso, do estilo da bailarina, do estilo da música e da performance.


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